sexta-feira, 1 de julho de 2011

O EXEMPLO DA ÁRVORE







Dizem que quando a primeira árvore apareceu na terra, trazia do pai celestial a recomendação de alimentar o homem e auxiliá-lo, em nome do céu, por todos os meios que lhe fosse possível.
Resolvida a cumprir a ordenação do senhor, certo dia foi visitada por um ladrão, perseguido pela justiça.
Ele sentia fome e, por isso, furtou-lhe vários frutos.
Em seguida, decepou-lhe muitos galhos, deles fazendo macia cama para descansar e refazer-se.
A árvore não se agastou com o assalto. Parecia satisfeita em ajudá-lo e até se mostrava interessada em adormecê-lo, agitando harmoniosamente as folhas, tangidas pelo vento.
Erguendo-se, fortalecido, o pobre homem ouviu o ruído dos acusadores que o buscavam e, angustiado, sem saber que rumo tomar na várzea deserta, notou que o nobre vegetal, em silêncio, como que o convidava a asilar-se em seus ramos.
Imediatamente, a maneira de um menino, o infeliz escalou o tronco e escondeu-se na copa farta.
Os guardas vieram e, desistindo de encontrá-lo em razão da busca infrutífera, retiraram-se para lugarejo distante.
Foi então que o desventurado desceu para o solo, impressionado e comovido, reparando que se achava a frente de humilde mensageira do céu.
Roubara-lhe os frutos e mutilara-lhe as frondes; entretanto, oferecera-lhe, ainda, seguro abrigo.
0 homem infeliz começou a meditar no exemplo da árvore venerável, incumbida por deus de cooperar na distribuição do alimento de cada dia na terra, e, nela reconhecendo verdadeira emissária do céu, que lhe saciara a fome e lhe dispensara maternal proteção, abandonou o mal em que se havia mergulhado e passou a ser outro homem.

Meimei






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