quinta-feira, 28 de julho de 2011

HISTÓRIA LIGEIRA








O candidato ao ministério cristão penetrou o templo do serviço e proclamou-se transformado.
Na primeira semana, afirmou-se favorecido pela divina luz e, depois de solene profissão de fé, assinalou fronteira entre ele e o pecado, entre a sua perfeição e o mundo envilecido.
Na segunda semana, discursou, ardentemente, conclamando o povo à salvação com o cristo.
Na terceira, traçou programas e promessas, na esfera da beneficência, mostrando-se inclinado a socorrer infelizes, curar doentes e asilar criancinhas abandonadas.
Na quarta, declarou-se vítima de incompreensão e da discórdia, entre pesadas nuvens de tristeza e insubmissão.
Na quinta, apareceu cansado e desiludido, indicando os males do mundo e os defeitos dos irmãos.
Na sexta, rogou ao senhor licença para descansar.
Na sétima, deitou-se e dormiu por duzentos anos.
Nesse candidato às bênçãos do evangelho, temos a história de milhões.
"muitos chamados, poucos escolhidos".
Oportunidades para todos e serviço de raros.
Em verdade, o divino amigo continua curando, levantando, consolando, reanimando e convidando almas para o banquete do reino de deus, mas os seguidores e discípulos começam a tarefa mais alta... Pronunciam votos comovedores, gesticulam e ensinam; entretanto, em poucos dias, antes, mesmo de marcharem dez passos, na senda da salvação, reclamam férias espirituais para o repouso de vários século.

ANDRÉ LUIZ





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